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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Obras e reformas são capazes de incrementar em até 30% o valor de venda

Obras mais rápidas

A modernização de algumas técnicas e a ampliação da tecnologia nos processos da construção civil refletiram também nas reformas residenciais. O que era demorado e complicado agora pode ser mais ágil. 

De acordo com a engenheira e supervisora de obras da EPO, Márcia Santos Arruda, em linhas gerais, uma ampliação de área externa, por exemplo, que levaria seis meses, pode ser feita hoje em 30 dias.

Ela explica que produtos e sistemas de estruturas modernos permitem a substituição das ferragens, tijolo e cimento, facilitando e acelerando o processo. 

"Utilizamos alternativas chamadas de serviços secos, onde construir uma parede é simples e rápido com o uso do stell framing ou do drywall, estratégias que nos permitem trazer a estrutura", define.

A aceleração dos processos favorece que as mudanças sejam feitas e, muitas vezes, as reformas são realizadas para valorizar o imóvel e ampliar o valor de venda no mercado. Uma nova pintura, a substituição da rede hidráulica e elétrica ou a troca das portas e janelas podem valorizar o imóvel e ajudar na hora de vender ou alugar.

Segundo profissionais do ramo, algumas mudanças são capazes de incrementar em até 30% o valor do empreendimento.

"Qualquer reforma valoriza um imóvel. Deve-se investir em bons acabamentos, melhora da circulação e, quando possível, entrada de luz natural. Às vezes, com pequenas mudanças, conseguimos modificar totalmente os espaços, valorizando e melhorando a visualização deste", garante.

Segundo a arquiteta Patrícia Guerra, da Faleiro Guerra Arquitetura, quem decide investir na renovação de um imóvel normalmente começa pelas áreas molhadas como cozinha e banheiro. 
"Os apartamentos mais antigos possuem uma metragem maior comparado com os mais novos e, normalmente, esses ambientes necessitam de melhorias", disse.

No entanto, Patrícia lembra dos problemas com as obras e recomenda sempre o auxílio de um profissional capaz de orientar esse processo para evitar complicações no decorrer do processo e após a entrega. 

"Uma reforma planejada de maneira equivocada pode virar uma dor de cabeça e não gerar nenhum retorno. Deve-se observar também o preço de mercado onde o imóvel está inserido, para que o investimento fique dentro da oferta da região", orienta. 

O valor que será gasto com uma reforma varia, dependendo do tipo de material usado e da obra feita. Porém, para a arquiteta Márcia Pacheco algumas medidas devem ser tomadas para evitar problemas. "É importante realizar a pesquisa de mão de obra, sendo necessário pelo menos dois orçamentos de profissionais diferentes. O ideal é que seja um preço fechado dos serviços para não ter surpresas desagradáveis", disse.

Com relação aos materiais usados, a arquiteta destaca que pesquisar os valores é importante, mas sem jamais deixar a qualidade cair. "Deverá ser observado o piso, a pintura e os materiais adequados para cada ambiente. Se possível vá devagar, sem ansiedade. Se tiver a possibilidade de arrumar e reformar aos poucos, não há o risco de quebrar tudo e não ter condições para terminar a mesma", afirma.

Brasileiros querem reformar a casa

As famílias brasileiras querem uma casa com cara nova. Isso é o que afirma uma pesquisa realizada pela associação Clube da Reforma. 

Segundo o estudo, as classes C, D e E são as que mais desejam realizar mudanças nos imóveis. Juntas, elas representam um total de quase 20 milhões de famílias que desejam fazer algum reparo na casa nos próximos 12 meses. 

A pesquisa identificou que, quanto menor a renda, maior a vontade de realizar obras. O crescimento dos gastos com reforma das classes C, D e E, entre 2003 e 2010, foi de 40% e 100%, respectivamente.

A pesquisa identificou também que o brasileiro com mais de 30 anos procura cuidar melhor da casa. Segundo o estudo, 69% dos entrevistados nessa faixa etária querem investir seu dinheiro no imóvel. Nessa idade também a maioria (83%) disse que a casa é o local onde se sentem melhor. 

O percentual cai para 65% entre os jovens com 15 e 24 anos, indica a pesquisa. O estudo ouviu 5.000 domicílios brasileiros nas principais regiões metropolitanas, no último trimestre de 2010.

Fonte: O Tempo Online

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