Translate

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Construída a partir de dois contêineres, casa de 100 m² custou 40 mil dólares


O arquiteto costarriquenho Benjamin Garcia Saxe tem buscado soluções construtivas ecológicas e de baixo custo para projetar, sem deixar de lado o conforto e o bom design que uma moradia pode e deve ter. A oportunidade veio quando um casal amante dos cavalos, proprietários de um terreno a 20 minutos da capital da Costa Rica, San José, encomendou um projeto que priorizasse a paisagem natural, sem contudo, implicar em um grande investimento.

Reciclar dois contêineres de carga pareceu a maneira mais econômica e racional de colocar em prática os planos dos proprietários, que queriam ter uma casa de campo para passar tempo com seus animais. 

O custo final da casa, US$ 40 mil, é mais baixo que a média dos valores para uma moradia de interesse social na Costa Rica (que gira em torno de US$ 48 mil), que seguramente não têm todas as comodidades encontradas na casa Container de Esperanza.

Longe de ser apenas suportável -como se poderia pensar de uma residencia feita quase que inteiramente de aço- e sim bonita e funcional, a residência tem forte apelo estético, além de ambiental. 

“Explorar novas possibilidades pode trazer resultados impressionantes”, diz o arquiteto Garcia, que completa, “construir com contêineres não é uma novidade”, referindo-se ao fato de que essa já é uma técnica conhecida em países de clima frio como Noruega e Finlândia, onde a oferta da matéria-prima é abundante.

Assentada sobre palafitas de concreto armado e de grande simplicidade estrutural, a casa tem dois dormitórios e área social de layout aberto, onde cozinha e sala de estar compartilham o espaço e a vista das montanhas. A suíte principal tem banheira de hidromassagem em um dos pontos com melhor visão do lote.


Desenho axonométrico mostra a distribuição dos ambientes nos dois contêineres paralelos que compõem a casa. Ao fundo, uma suíte com banheira, e, no centro, estar com cozinha integrada.

É claro que a idéia de reciclagem de contêineres em um lugar com intenso clima tropical requer alguns cuidados técnicos. A primeira providência foi programar aberturas que aumentem a sensação de liberdade e frescor, além de ventilação constante. Localizadas lado a lado, mas não encostadas, as duas caixas têm entre si um espaço coberto e dotado de janelas que proporcionam constante renovação do ar e resfriamento das coberturas. Um sistema de isolamento térmico de classificação industrial cumpre um papel importante no conforto interno, visto que nenhum ar-acondicionado foi instalado na casa.

A dinâmica dos volumes proporcionou uma entrada social e a possibilidade de um terraço privativo para a suíte máster. Toda a especificação das divisões e acabamentos internos -feito com drywall e madeira-, e esquadrias (de alumínio com vidros duplos) foi feita de modo a manter a unidade estética do conjunto.

Fonte: uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário