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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Jovens estão cada vez mais preocupados com moradia

Os jovens estão comprando cada vez mais imóveis, tanto para morar quanto para investir. De acordo com levantamento da Habitcasa efetuado entre janeiro e março deste ano, 43% dos compradores de imóveis residiam com os pais ou familiares antes de adquirir o bem.

Segundo a pesquisa, este público, que está na intersecção entre duas gerações - os mais antigos da Geração Y e os mais novos da X, entre 27 e 36 anos - está conseguindo adquirir o primeiro imóvel mais cedo, por conta do maior acesso ao crédito.

"Percebemos que, nos anos anteriores, o cliente saía de casa por motivos de casamento, mas agora, com a possibilidade de financiamento, muitos já estão antecipando a saída da casa dos pais", afirma o diretor da Habitcasa, Maurílio Scachetti.

Além das facilidades de financiamento, o diretor administrativo da Imoplan, Rodrigo Cardozo de Carvalho, aponta outro fator para este aumento das vendas entre as pessoas mais jovens: o aquecimento do mercado imobiliário.

Segundo ele, antigamente, as pessoas costumavam comprar um imóvel para a vida toda, pensando no crescimento da família. "Ou seja, procuravam por um imóvel maior e mais caro", diz. "Já no cenário atual, percebemos que os jovens estão mais confortáveis em comprar um imóvel de acordo com suas condições e necessidades atuais. Se houver necessidade, a venda deste imóvel e a compra de outro não será um problema", completa Carvalho.

Segmento econômico 

Os jovens costumam comprar mais imóveis do segmento econômico, com valor de até R$ 250 mil. De acordo com dados da Habitcasa, a idade média dos compradores de imóveis deste segmento econômico é de 29 anos, com renda média familiar de R$ 5,2 mil.

Ainda segundo o levantamento, efetuado no ano passado, a maioria dos compradores (76%) de imóveis deste segmento tinha objetivo de morar, enquanto 20% estavam comprando o bem com a finalidade de investir.

"A maioria das transações continua sendo referente à compra do primeiro imóvel", afirma Carvalho. "Porém, com a grande quantidade de lançamentos, a facilidade para pagamento até a entrega da obra e constante valorização dos imóveis, a quantidade de jovens investidores aumentou significativamente. O retorno é alto e garantido", continua o diretor da Imoplan.

Mercado imobiliário

De fato, o retorno não tem sido um problema para os compradores de imóveis nos últimos anos. De acordo com o Índice Fipezap, produzido em parceria entre a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e Zap Imóveis, os imóveis ficaram 87,9% mais caros na cidade São Paulo nos últimos 3 anos. Os aluguéis, por sua vez, aumentaram 36,4% no mesmo período.

Só este ano, o imóveis tiveram valorização de 16,6% na capital paulista, enquanto no País a valorização foi de 17%. Entretanto, para Carvalho, mesmo com uma alta tão acentuada, ainda há espaço para mais valorização, ainda que menos expressiva.

"O País está em fase de crescimento e os preços continuarão subindo, mas acredito que o ritmo diminuirá nos próximos anos", acredita.

Fonte: infoimoveis.com.br

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