Translate

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Grandes ideias para pequenos espaços

Boa circulação, praticidade, funcionalidade e estética são os conceitos-chave para tornar amplo e agradável um pequeno espaço. Para ambientes de pouca metragem, menos é mais!

Os apartamentos pequenos estão em alta. Geralmente procurados por solteiros ou casais em busca da primeira morada, os imóveis com um ou dois dormitórios são os mais vendidos no setor imobiliário. Mas, após a aquisição do tão sonhado imóvel, como transformá- lo em um lar confortável e funcional? Tornar os ambientes mais amplos e personalizados é uma solução. Quando o casal de Itu comprou este apartamento em São Paulo para servir de moradia eventual, nada no projeto se adequava às suas necessidades. Eles, então, procuraram o arquiteto Gláucio Gonçalves e, juntos, definiram como adaptá-lo às novas circunstâncias. A reforma foi executada em 45 dias. Como o casal não poderia deixar de usar a residência durante esse processo, foi necessária uma obra rápida, com o mínimo de contratempos. Para isso, Gláucio seguiu à risca o plano de obra, além de usar materiais de fácil aplicação e que evitassem transtornos. Confira as dez dicas do arquiteto para deixar a casa confortável, ampla, funcional e personalizada!

1. Leve em consideração todos os hábitos, hobbies e necessidades de quem mora no espaço.





Um dos passatempos do morador é cozinhar para os amigos, por isso o arquiteto planejou uma cozinha americana, integrando o ambiente à sala.

2. Lembre-se do estilo; pense naquilo que mais tem a ver com a sua personalidade.
Usar os hobbies e a rotina como inspiração para personalizar o ambiente é fundamental para aliar funcionalidade, conforto e realização pessoal dos moradores. O espaço deve ser agradável para os que vivem nele!

3. Faça um levantamento do mobiliário existente. Tente reaproveitá-lo, dando novo uso ou aparência às peças.

4. Faça uma estimativa dos gastos para adequar o projeto às necessidades.
Seja por questões financeiras, de tempo, ecológicas ou emocionais, reaproveitar os móveis é sempre vantajoso. Neste projeto o antigo futon usado pelo casal como colchão se transformou em um sofá com base feita de caixas de feira pintadas de preto. Os armários da cozinha foram todos reaproveitados. Repaginados com fórmicas preta e branca brilhantes, a impressão é de que receberam pintura. Com o reaproveitamento, os gastos com marcenaria caíram de R$ 4.300 para R$ 850. Esta economia ajudou a respeitar o orçamento definido inicialmente pelo casal, que estipulou gastos entre R$ 10 e 15 mil.

5. Se a intenção for renovar todo o apartamento, faça um planejamento para que a obra seja executada em etapas.
Uma reforma deve sempre deve ser realizada em etapas. Começando pelas intervenções estruturais (elétrica, gesso, pintura, acabamentos) até chegar àquelas mais decorativas. Independentemente de a obra ser feita em partes ou de uma vez, essas etapas devem ser respeitadas. No caso deste apartamento, por causa do tamanho, Gláucio optou pela reforma completa. Para evitar contratempos, teve de ser rígido com a mão de obra, garantindo o cumprimento do cronograma.

6. Decore deixando os espaços funcionais e práticos para que no dia a dia que o mais organizado possível.


A base do sofá, que reaproveitou o futon que o casal usava como colchão, foi feita com caixas de feira pintadas de preto. O móvel expressa a personalidade descontraída dos moradores.

7. Crie ambientes aconchegantes lançando mão de uma iluminação adequada.
A decoração dos ambientes pequenos tem de ser pensada com cuidado. Os exageros devem ser dispensados - dispor muitos itens tende a diminuir ainda mais os espaços. Tanto a construção como a decoração devem ser feitas levando em consideração a circulação, praticidade e a funcionalidade. Integrar ambientes é uma solução para tornálos mais espaçosos. Glaúcio completa: “Para apartamentos pequenos, manter os espaços amplos é importante. Evite colocar interferências visuais. Busque junto ao arquiteto criar alternativas para que as pessoas se sintam confortáveis.” A iluminação também é importante para deixar a morada com um clima aconchegante. O arquiteto optou por uma iluminação toda amarelada, realçada pelos tons pastel nos papéis de parede e pelos pisos laminados que simulam madeira.

8. Integre a cozinha à sala e à área de serviço. Assim, consegue-se uma maior amplitude e iluminação.
Na reforma, a cozinha, além de integrada à sala, também foi agregada à área de serviço. As paredes foram retiradas e, com o auxílio de uma bancada de granito única, os ambientes foram unidos. O tanque localizado na mesma bancada usada para a cozinha dá ao cômodo a sensação de continuidade.



A decoração foi feita usando poucos elementos, mas que expõem a personalidade dos moradores. A iluminação amarelada, destacada pelos tons pastel do papel de parede e pelo piso laminado que imita madeira, aumenta a sensação de conforto do apartamento.



A cozinha foi integrada à área de serviço, dispensando as paredes e usando uma bancada única para os dois ambientes. As soluções deram sequência visual ao espaço.

9. Separe os ambientes de forma sutil, seja por meio de cortinas em voile, com o auxílio do mobiliário ou apenas com diferentes tipos de piso.
Divisórias e paredes deixam os ambientes menores. Na hora de separálos, opções como cortinas ou móveis são ótimas soluções, pois integram os espaços e os tornam mais extensos. Mas o arquiteto adverte: “É preciso usar o bom senso, aliar a estética à questão financeira e ao que é possível fazer com o projeto. Não existe uma fórmula; nem sempre o que serve para uma obra servirá para outras.”

10. Utilize materiais e revestimentos de fácil aplicação, como papel de parede, laminados e cortinas. Além de serem práticos, permitem uma mudança rápida e de impacto.
Nesse caso, praticidade e estética andaram juntas. Gláucio optou por acabamentos de resultados rápidos e de visual agradável, mas reforça a necessidade de adequar o material ao projeto. “Não existe uma regra clara quanto aos materiais, vai da criatividade e do bom senso fazer essa adequação”, ressalta. O arquiteto usou, na sala e no quarto, piso laminado com efeito amadeirado, aplicado sobre o piso cerâmico existente. Na cozinha foi utilizado o tecnocimento com aspecto queimado, também sobre o piso antigo, a pedido do proprietário, que desejava um revestimento cimentício. Já no que se refere às paredes, o profissional substituiu em uma delas a pintura convencional por papel de parede decorado. Eliminando a necessidade de quebrar os revestimentos anteriores, esses acabamentos evitaram a formação de entulho, e ainda otimizaram o tempo da obra. Para finalizar, o arquiteto dá uma última dica fundamental: “Procure a ajuda de profissionais. Os materiais de acabamento não são baratos e o auxílio de um arquiteto evita prejuízos e trabalhos inúteis. Leve as referências aos profissionais para que eles possam criar um projeto realmente atenda às suas necessidades.”


O arquiteto elegeu uma cortina para separar a sala e o quarto. Esse artifício deu leveza ao ambiente, cumprindo o papel de divisória e ampliando os dois espaços.

Fonte: uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário