O projeto é da Universidade Tecnológica do Paraná. No futuro, a ideia é usar  energia reaproveitável para abastecer um carro elétrico.
Placas encaixadas, as paredes já vem prontas. É como um brinquedo de montar.  A obra é rápida e limpa. Enquanto 10% do material usado numa construção comum de  alvenaria vira lixo, em uma obra ecológica a quantidade de resíduos fica perto  de zero.
No escritório verde da Universidade Tecnológica do Paraná vai funcionar um  centro para apoiar os projetos sustentáveis dos professores e alunos. O próprio  escritório é um deles. O telhado está virado para a região mais ensolarada da cidade, onde vão ficar  os painéis de energia solar. As janelas têm vidros duplos, o que diminui o  barulho. Elas também aumentam a luminosidade e não é preciso acender a luz  durante o dia. Quando as janelas - uma em frente a outra - são abertas, uma  corrente de ar refresca o ambiente.
A construção verde não poderia deixar de ter um jardim e ele fica num local inusitado: o telhado. Além da grama, ele também foi feito com a ajuda de materiais reciclados, e a solução foi bem criativa. “A grama fixa dentro dos módulos material reaproveitado de sola de sapato. Vem tudo do Rio Grande do Sul, que tem muita fábrica de sapato. A gente vai fazer com flores, posso fazer canteiro de ervas. Só não posso usar plantas de raízes profundas, são raízes rasas. O ecotelhado diminui de três a cinco graus a temperatura dentro da casa”, explica o professor Eloy Casagrande, coordenador do projeto.
A madeira das paredes é de reflorestamento. Os painéis têm espaço para  receber um material feito de lixo reciclado. “No nosso caso, estamos usando  manta de pet reciclado, cada metro quadrado dela recicla 30 garrafas. Eu tenho  aqui sete mil garrafas, que me garante o conforto térmico. Se eu colocar manta  de 5mm de borracha, que é de pneu reciclável, acabo aumentando o isolamento  acústico”, diz Eloy.
O reaproveitamento é regra no escritório verde. A escada, por exemplo, é feita de restos de escada. A madeira que seria jogada fora, queimada, acaba virando produto ainda com design, com estética bem agradável.
O reaproveitamento é regra no escritório verde. A escada, por exemplo, é feita de restos de escada. A madeira que seria jogada fora, queimada, acaba virando produto ainda com design, com estética bem agradável.
Quando ficar pronta, a casa vai gerar energia com a luz do sol e a força do  vento. A ideia do futuro é usar essa energia para abastecer um carro eletrécio,  que a universidade está fazendo em parceria com uma empresa. A bateria é  carregada na tomada, como um telefone celular. Uma carga de oito horas dá uma  autonomia de 120km.
Outra opção é jogar a sobra de energia na rede elétrica para ajudar a  iluminar a cidade e manter a natureza protegida.
Fonte: Jornal Hoje
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