Nos últimos 10 anos, o número de apartamentos da região Norte cresceu em um ritmo 3,5 vezes maior que no restante do Brasil
"Reserve  já o seu apartamento no Real Park Residence, condomínio clube próximo  do Unique Shopping, com três quartos, duas vagas e academia", diz o  anúncio de um prédio neoclássico, com andares a perder de vista. Seria  mais um entre tantos folhetos distribuídos nos semáforos de São Paulo ou  do Rio, não fosse a propaganda de um edifício em Parauapebas, no Pará,  um município a 700 km de Belém e que há duas décadas não passava de uma  grande mata.
Quem considera que "boom imobiliário" é uma  expressão recorrente apenas nas grandes metrópoles brasileiras nunca  esteve em Parauapebas ou em municípios como Ariquemes, em Roraima, ou  Marabá, no Pará. Um recorte inédito do Censo Demográfico 2010 feito pelo  Estado mostra que a verticalização se espalhou pelo país e cidades  pequenas e médias são hoje os principais motores dessa tendência.
Nos  últimos 10 anos, o número de apartamentos da Região Norte cresceu em um  ritmo 3,5 vezes maior que no restante do Brasil - que tem hoje 6,2  milhões de apartamentos, um número 43,2% maior do que em 2000. 
Hoje,  1 em cada 10 brasileiros mora em prédios. A proporção ainda é duas  vezes menor no Norte, mas o crescimento em locais como Rondônia, Amapá e  Tocantins foi sem precedentes. Nesses Estados, os apartamentos se  multiplicaram por sete e cresceram proporcionalmente 15 vezes mais que  em São Paulo. Entre as explicações, estão o aumento da renda, do emprego  e do crédito. Morar em prédios também se transformou em status, símbolo  de prosperidade. Além disso, a falta de terrenos nas grandes metrópoles  levou o mercado imobiliário a novos endereços."
Fonte: Redação Época, com Agência Estado
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